Medicina de Emergência: Conhecimento e agilidade que salvam vidas

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Publicado em 16/09/2025 - 13:49  |  Atualizado
HMSA realiza, mensalmente, mais de 9 mil atendimentos de urgência e emergência - Foto: Arquivo pessoal

O som alto da sirene, o brilho das luzes e a agilidade com que a ambulância atravessa os portões de uma das maiores emergências da América Latina dão o tom: trata-se de mais um caso de vida ou morte. Os médicos responsáveis pelos primeiros atendimentos aos casos mais graves, como vítimas de acidentes de trânsito e de violência urbana, são os emergencistas, e são responsáveis por cerca de 7% desses atendimentos. Atualmente, o Hospital Municipal Souza Aguiar (HMSA) realiza, em média, mais de 9 mil atendimentos de urgência e emergência por mês, contando com 10 emergencistas na Sala Vermelha e oito residentes em formação na especialidade.

A especialidade de Medicina de Emergência é relativamente nova e completará 10 anos em 2025. Sua atuação busca promover uma mudança nos sistemas de saúde. Assim como o médico de saúde da família e comunidade organiza o cuidado ambulatorial, o emergencista atua na organização do cuidado hospitalar. Ele pode ser considerado um grande generalista, cujo objetivo não é tratar todas as necessidades do paciente, mas reunir os conhecimentos necessários para retirá-lo da fase aguda e encaminhá-lo ao especialista adequado.

“Existe uma necessidade muito grande de treinar esses profissionais, para que possamos contar com pessoas especializadas atendendo os pacientes no pior dia da vida deles. Esse é um assunto que levamos com muita seriedade e responsabilidade. Hoje, a cidade do Rio de Janeiro conta com esse programa pioneiro, investindo na Medicina de Emergência como estratégia de saúde pública. A semente está sendo plantada para promover a mudança nas emergências do Rio”, ressalta Daniel Schubert, coordenador do serviço de emergência do Souza Aguiar e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

Já Francisco Eduardo Silva, supervisor de residência Médica de Medicina de Emergência, rotina do serviço de cirurgia geral do HMSA e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), cita a importância da formação dos médicos que realizam a residência nessa especialidade no HMSA:

“Nossos residentes fazem a diferença na Sala Vermelha, além de atuar em outros setores do complexo hospitalar. E posso dizer que hoje temos o serviço de residência médica mais completo do Estado do Rio”, diz ele, que foi o responsável por montar o serviço e implantar o programa de residência da unidade, em 2022.

Foi pelas mãos de uma médica experiente que o piloto de helicóptero e policial penal Neilson Santana, de 52 anos, recebeu o atendimento rápido e preciso que salvou sua vida. Era sábado de manhã, 2 de novembro de 2024. Neilson havia acabado de sair do trabalho e seguia para casa quando sofreu um grave acidente automobilístico na Ponte Rio–Niterói. Ele deu entrada no hospital com traumatismo craniano, com grande perda sanguínea.

“Embora tenha chegado acordado, após poucos minutos começou a descompensar e identificamos um choque hemorrágico. Foram realizadas as manobras necessárias para que ele pudesse responder e normalizar seus parâmetros, mas voltou a descompensar, precisou ser entubado e receber bolsa de sangue”, contou a médica Sheila Nagliati, emergencista de rotina da Sala Vermelha.

O paciente permaneceu 24 horas sob seus cuidados, até ter condições de ser transferido para uma unidade particular.

Neilson lembra do acidente, dos primeiros cuidados ainda na ponte e da chegada ao HMSA. Depois disso, só recorda de ter despertado em outro hospital, dias depois. Ele atribui o desfecho favorável ao trabalho da equipe da Sala Vermelha.

“Eu não tenho a menor dúvida: ter vindo para o Souza Aguiar, que é uma grande emergência, foi a melhor coisa. Foi decisivo. Cheguei rápido e, dentro da Sala Vermelha, também fui atendido rapidamente. Foi primordial. Dentro do meu azar, eu dei sorte: tive uma segunda chance. Sou grato às equipes que me atenderam”, diz ele.

A médica Sheila fala sobre seu amor pelo SUS e deixa um recado aos futuros emergencistas:

“Eu sou filha do SUS. Minha formação acadêmica é pública, e o lugar que mais me deixa feliz de trabalhar é no SUS. Aqui no Souza oferecemos um atendimento especializado em emergência, estamos todos os dias para mudar o desfecho de muitas histórias. Meu recado para futuros médicos emergencistas é: continuem, sejam firmes, vocês estão no caminho certo. E lembrem-se da premissa: qualquer um, a qualquer hora, em qualquer lugar. Nós estamos prontos para atendê-los.”

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) é o órgão da Prefeitura do Rio de Janeiro responsável por reformular e executar a política municipal de saúde e, como gestora plena do Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade, garantir o atendimento universal da população, conforme os preceitos do SUS. É a SMS que, diante do conhecimento das características e demandas próprias da população carioca, organiza as prioridades da saúde pública da cidade, dentro do que é previsto nas políticas públicas e serviços ofertados pelo SUS.

 

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