Parotidite (Caxumba)
A parotidite, também conhecida como caxumba, é uma doença viral aguda, transmissível, causada pelo vírus Paramyxovirus. No Brasil, a parotidite não é uma doença de notificação compulsória, no entanto, toda a ocorrência de surtos em instituições fechadas (ocorrência de dois ou mais casos de parotidite em determinado espaço geográfico e relacionados no tempo) deverá ser notificada.
Com grande capacidade de transmissão, a parotidite caracteriza-se por febre e aumento de volume de uma ou ambas as glândulas salivares, geralmente a parótida, e, às vezes, de glândulas sublinguais ou submandibulares. Além destes sintomas, podem ocorrer dor local, de cabeça e de garganta.
É transmitida de pessoa a pessoa pelo contato com as secreções respiratórias (gotículas de saliva ou de secreções nasais, mediante espirros e tosses) ou pelo contato direto com a saliva de pessoas infectadas. O período de transmissibilidade varia de 6 a 7 dias antes do início dos sintomas, e cerca de 9 dias após o início da doença. As estações com maior ocorrência de casos são o inverno e a primavera.
A apresentação da doença após a puberdade pode desencadear a inflamação do testículo (orquite) nos homens, e nas mulheres a inflamação dos ovários (ooforite), sendo este último de menor frequência. O sistema nervoso central também pode ser acometido sob a forma de meningite. Apesar de não haver relatos de óbitos relacionados à parotidite, sua ocorrência em gestantes no primeiro trimestre pode levar ao aborto espontâneo.
Imunização
Uma das formas de prevenção da parotidite é a vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), em que a primeira dose é administrada no primeiro ano de vida, e a segunda dose aos 15 meses, com a vacina tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela). Estas vacinas estão disponíveis para a população em unidades básicas de saúde.
O diagnóstico da doença é basicamente clínico, contudo, um bom indicativo desta doença é a realização de amilase salivar, uma vez que, quando há aumento das parótidas, seus níveis costumam elevar-se. Não existe tratamento específico, indicando-se apenas repouso, analgesia (caso necessário) e observação cuidadosa quanto à possibilidade de aparecimento de complicações.
Orientações gerais:
- Afastamento médico dos casos de suas atividades diárias, conforme indicação médica.
- Manter o calendário vacinal atualizado.
- Manter cuidados adequados de higiene como: lavagem das mãos; higiene corporal, do ambiente e dos objetos de uso coletivo; isolamento dos casos; não compartilhamento de objetos e utensílios de uso pessoal.
- Na ocorrência de sintomas, procurar um serviço de saúde para avaliação e orientação. Observar atentamente quanto a possibilidade de complicações.