Projeto cria serviço para uso por profissionais que utilizam materiais perfurocortantes - Foto: Edu Kapps / SMS
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) inaugurou, nesta quarta-feira (22), o primeiro centro de esterilização coletivo para materiais perfurocortantes, do projeto Esteriliza Rio, na Clínica da Família Ricardo Lucarelli, no Estácio. A iniciativa é uma parceria com a Tattoo Week e tem como objetivo prevenir e diminuir a incidência de doenças infectocontagiosas pela manipulação de objetos perfurocortantes, além de evitar o descarte inadequado de materiais. O serviço poderá ser utilizado por profissionais como manicures, barbeiros, tatuadores e piercers que atuam no Morro de São Carlos e arredores.
“O objetivo é prevenir e diminuir a incidência de doenças como a hepatite e contribuir inclusive para o descarte seguro do lixo com material infectado”, destaca o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
A autoclave e os insumos necessários para o projeto piloto foram doados pela Tattoo Week. Esther Gawendo, diretora executiva da Tattoo Week, falou da importância da parceria com a Secretaria Municipal de Saúde: “Esse é um projeto pioneiro, é o piloto e, com certeza, vai dar certo e vamos expandir essa iniciativa também para outras unidades, garantindo a segurança da saúde da população”, diz.
Os profissionais ou empresas que utilizarem o centro de esterilização ainda ganharão um selo de qualidade do Esteriliza Rio, garantindo aos usuários que o estabelecimento ou profissional faz a esterilização adequada de suas ferramentas de trabalho.
“O Esteriliza Rio é mais uma iniciativa para minimizar riscos aos usuários dos serviços e à população em geral. E, a partir do descarte adequado dos materiais, contribuirá também para a preservação do meio ambiente”, pontuou a presidente do Instituto Municipal de Vigilância Sanitária (IVISA-Rio), Aline Borges.
Katiuscia Rocha, de 47 anos, é manicure há 11 anos e já fez as unhas de muitas cariocas na região do Morro de São Carlos. Ela ouviu atentamente todas as recomendações feitas pelo IVISA-Rio e profissionais da clínica da família, e já sabe como levar seu material para esterilização e para descarte, quando necessário.
“Eu fiz vários cursos profissionalizantes ao longo dos anos e aprendi a importância da esterilização. Eu tenho uma autoclave que comprei usada, mas tem o custo de energia e água. O centro de esterilização vai me ajudar e também a outras manicures da região”, disse Katiuscia, durante a inauguração do serviço.
