
A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS) reforça a importância da rotina de cuidados contra a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue e outras arboviroses. No período do verão, em que a combinação de altas temperaturas com umidade elevada favorece a reprodução do mosquito, a população deve redobrar a atenção para a criação de possíveis depósitos de larvas do vetor. Outra estratégia fundamental para a prevenção da doença, a vacina está disponível para o público de 10 a 14 anos do município e também para a população de 18 a 59 anos da região de Guaratiba, pela pesquisa Guaratiba Vacinada. Veja ao longo desta matéria como fazer sua parte contra a dengue.
Novo caso de dengue tipo 3
A SMS identificou e monitora um caso de dengue tipo 3. A notificação e investigação epidemiológica foi feita pela vigilância em saúde do município e confirmada pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen-RJ), da Secretaria de Estado de Saúde.
A paciente é uma mulher de 60 anos do estado de São Paulo que veio para o Rio já com a dengue tipo 3. Ela apresentou sintomas logo após chegar ao Rio, foi acompanhada na rede municipal e, ao receber alta, retornou ao estado de São Paulo.
Não se trata, portanto, de um caso de transmissão local. Não há registro de circulação do tipo 3 da dengue na cidade do Rio desde 2013.
Atualmente, os subtipos predominantes da doença no município são o 1 e o 2. Entretanto, não se deve descuidar das medidas de prevenção individuais contra a doença, já que todos os subtipos da dengue têm o mesmo potencial de agravamento.
Vacinação
Vale lembrar que a imunização contra a dengue disponível na rede municipal do Rio é eficaz contra todos os quatro tipos da doença. Atualmente, a vacina é ofertada para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. O esquema vacinal é composto por duas doses, com intervalo de três meses entre elas. As pessoas que estão com a segunda dose da vacina em atraso têm até o dia 31 de janeiro para completar o ciclo vacinal.
O imunizante também está disponível para a população de 18 a 59 anos da região de Guaratiba, pela pesquisa Guaratiba Vacinada, em parceria com o Ministério da Saúde e a Fiocruz.
Para saber o ponto de vacinação mais próximo de você, basta acessar o portal Onde Ser Atendido.
Números da doença
Em 2024, o município do Rio de Janeiro enfrentou uma epidemia de dengue, com o registro de 111 mil casos da doença, o maior número dos últimos dez anos. A taxa de incidência foi de 1.756,21 casos a cada 100 mil habitantes. Além disso, a cidade apresentou uma taxa de letalidade de 0,02%, com 21 óbitos confirmados.
Este ano, o principal objetivo da Secretaria Municipal de Saúde é evitar uma nova explosão de casos da doença. Dados atualizados da dengue estão disponíveis no painel EpiRio.
Ações de prevenção e combate
Todo ano a Prefeitura do Rio executa um cronograma de ações para prevenção e combate à dengue, que se intensificam nos meses mais quentes, como estabelece o Plano Verão.
Na última segunda-feira (6), a SMS iniciou o primeiro Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de 2025, realizado pela Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS). A ação visa identificar depósitos com condições para a proliferação do Aedes aegypti, com coleta de larvas e análise de amostras do vetor em laboratório. Entre os dias 6 e 10 de janeiro, mais de 2 mil agentes de vigilância em saúde vistoriaram mais de 100 mil imóveis para recolher as amostras de água parada que foram enviadas para identificação de ovos e larvas do mosquito.
Os agentes de vigilância em saúde também seguem realizando inspeções em busca de possíveis criadouros do mosquito tanto em áreas residenciais quanto nos locais considerados pontos estratégicos (cemitérios, borracharias, ferros-velhos, depósitos de sucata ou de materiais de construção, garagens de ônibus, etc). Em 2024, o SVS na Rua visitou 11,6 milhões de imóveis, com eliminação ou tratamento de quase 2 milhões de recipientes que poderiam servir de criadouros de mosquitos. Este ano, 88.605 imóveis já foram vistoriados, e 16.720 possíveis depósitos do Aedes aegypti foram tratados ou eliminados.
Outra ferramenta usada pelo CIE são as ovitrampas, 2.668 armadilhas para mosquitos estrategicamente distribuídas pelo município que retratam o nível de dispersão do vetor no ambiente.
Faça sua parte
Dados do Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) indica que ⅔ das pessoas que contraem dengue foram infectadas dentro de casa. Para evitar que o mosquito se prolifere e provoque mais casos de dengue, fique atento a qualquer lugar que possa acumular água e faça uma limpeza uma vez por semana:
- Veja se a caixa d’água está bem tampada
- Deixe garrafas vazias viradas para baixo
- Limpe a sujeira das calhas
- Coloque areia nos pratos dos vasos de planta
- Mantenha ralos limpos e com tela
- Guarde pneus em locais cobertos
- Verifique os recipientes de degelo de geladeiras
Sintomas
Existem quatro sorotipos do vírus da dengue (1, 2, 3 e 4), para cada um deles o indivíduo desenvolve imunidade permanente e cada pessoa pode ter os 4 sorotipos da doença. Os sintomas da dengue são os mesmos, independentemente do subtipo. Os principais sintomas da dengue são: febre alta, dor no corpo e nas articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, náuseas, vômito, dor de cabeça e manchas vermelhas pelo corpo
Alguns sintomas da doença podem significar um agravamento do quadro. São sinais de alarme: sangramento na gengiva ou nariz, dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, queda súbita na pressão arterial, sensação de desmaio, cansaço, sonolência e sinais de desidratação, como diminuição do volume da urina.
O período de incubação é em média de 5 a 6 dias, podendo chegar a 10 dias. Também pode ser considerado caso suspeito toda criança que apresente quadro febril agudo, usualmente entre 2 a 7 dias, e sem foco de infecção aparente.
Em caso de sintomas da doença, procure atendimento médico imediatamente. No caso da dengue, o socorro rápido é fundamental para a prevenção de casos graves e óbitos.
A lista de unidades de urgência e emergência da Secretaria Municipal de Saúde está disponível no portal da SMS.
As unidades de Atenção Primária (centros municipais de saúde e clínicas da família) também estão preparadas para atender pacientes com suspeita de dengue. Para saber a unidade de Atenção Primária mais próxima da sua casa, basta acessar o portal Onde Ser Atendido.