Protocolo estabelece medidas de proteção a serem tomadas pelas unidades de saúde em situações de risco | Crédito: R. Carvalho / CICV
O IX Encontro Nacional de Redes promovido pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) aconteceu na cidade de Fortaleza, nos dias 3 e 4 de dezembro. O objetivo do encontro foi fortalecer os municípios parceiros na implementação da estratégia Acesso Mais Seguro (AMS) e discutir avanços e desafios. A assessora técnica da Superintendência de Atenção Primária, Danielle Brandão, representou a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS) e apresentou as principais ações do programa nas unidades municipais de saúde e para garantir o atendimento da população carioca.
Desenvolvido em parceria com o CICV, o AMS tem o objetivo de proteger a vida dos colaboradores de serviços essenciais e assegurar o direito da população ao atendimento em áreas conflagradas. O Rio de Janeiro foi o primeiro município do Brasil a aderir ao Programa Acesso Mais Seguro, em 2010.
Com a utilização do protocolo, o território é categorizado por cores que indicam a classificação de risco para o acesso às unidades da região, onde a classificação de risco amarelo suspende as atividades externas, ou seja, as visitas realizadas no território, e a classificação vermelha, quando é mais seguro fechar a unidade, seguindo a hierarquia estabelecida na equipe e na unidade.
Durante a apresentação do trabalho da SMS para mitigar os efeitos da violência e garantir a saúde da população, a assessora técnica Danielle Brandão destacou algumas iniciativas adotadas. O deslocamento das equipes de saúde para atender os usuários é uma dessas medidas. Em casos de insegurança nos territórios, as unidades podem enviar suas equipes para uma próxima, que não esteja com instabilidade no território, e fazer o atendimento dos cariocas.
“Os episódios de violência no Rio são um problema que afeta a cidade há muitos anos. E isso é um desafio para a Secretaria Municipal de Saúde. É nosso dever garantir o acesso aos serviços de saúde para os cariocas. Essas medidas asseguram que o atendimento, os pacientes e os profissionais não sejam prejudicados”, explica Danielle.
Outro ponto apresentado de grande importância para garantir o acesso à saúde são os facilitadores que são pessoas envolvidas nas áreas, que conhecem as regiões e auxiliam as unidades de saúde na definição da estratégia do Acesso Mais Seguro que será adotada.
Durante os dois dias do encontro em Fortaleza, participantes de outras cidades e entidades também apresentaram seus trabalhos e experiências com a implantação do AMS em suas respectivas áreas.
