Considerando o alerta global em relação ao aumento de casos de coqueluche no Brasil e no mundo, a Secretaria Municipal de Saúde intensifica as ações de prevenção da doença no município do Rio. O último caso notificado na cidade havia sido em agosto de 2021 e, em 2024, já são 19 casos confirmados. A coqueluche é caracterizada por uma infecção respiratória bacteriana que afeta principalmente bebês de até um ano. A principal medida de prevenção é a vacinação com a pentavalente, a DTP e a dTpa adulto, vacinas de rotina contempladas no Programa Nacional de Imunização.
“O aumento de casos de coqueluche e o retorno da doença apontam para a necessidade de intensificar as ações de vacinação. As coberturas vacinais ficaram muito abaixo da meta nos últimos anos. No ano de 2023 conseguimos voltar a ter um crescimento nas coberturas vacinais, mas muitas crianças ainda não tomaram as doses no período recomendado. Por isso é muito importante que os pais procurem uma unidade de saúde para atualizar a caderneta de vacinação das crianças”, afirma o secretário municipal de saúde, Daniel Soranz.
O calendário de imunização do Sistema Único de Saúde (SUS) recomenda aplicações da vacina pentavalente, que protege contra coqueluche, difteria, tétano, hepatite B, meningite por Haemophilus influenzae e outras infecções, aos 2, 4 e 6 meses de idade, embora o ciclo vacinal possa ser realizado até os 6 anos, 11 meses e 29 dias. O cronograma também prevê injeções de reforço com a vacina DTP, que previne também contra difteria e tétano, aos 15 meses e aos 4 anos de idade. Além disso, gestantes e trabalhadores de saúde que atuam em maternidades e em unidades de internação neonatal devem se imunizar com a vacina dTpa adulto, além de trabalhadores de creches que lidam com crianças até 4 anos.
A coqueluche é uma doença altamente contagiosa, que compromete especificamente a traqueia e os brônquios e é uma importante causa da morbimortalidade infantil. A transmissão ocorre pelo contato direto com outra pessoa infectada por meio de gotículas eliminadas durante a fala, a tosse ou o espirro. Os principais sintomas da coqueluche são febre, mal-estar, coriza e tosse seca, podendo evoluir para crise de tosse intensa.
A Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) realiza vigilância ativa para detecção oportuna de casos de coqueluche no Município do Rio de Janeiro, monitorando o cenário epidemiológico nacional e internacional. Em caso de suspeita da doença, a recomendação é que a pessoa procure a sua unidade de saúde de referência, que pode ser verificada na ferramenta ‘Onde ser atendido’ (https://prefeitura.rio/ondeseratendido). Nos casos confirmados, os pacientes receberão todas as orientações pertinentes das equipes de saúde que realizam o monitoramento. Os pacientes não hospitalizados devem ser afastados das suas atividades habituais por pelo menos 5 dias após o início do tratamento com antibiótico específico.
As vacinas de rotina estão disponíveis em todas as 238 clínicas da família e centros municipais de saúde espalhados pela cidade, além do Super Centro Carioca de Vacinação, em Botafogo, que funciona todos os dias, das 8h às 22h; e do Super Centro Carioca de Vacinação de Campo Grande, localizado no ParkShoppingCampoGrande, que também abre todos os dias, de acordo com o horário de funcionamento do centro comercial. A orientação é para que pais e responsáveis levem seus filhos portando um documento de identificação e a caderneta de vacinação da criança.