Rota do leite: processo que salva vidas

Publicado em 19/05/2025 - 08:00  |  Atualizado em 19/05/2025 - 09:50
Agentes comunitários percorrem bairros recolhendo doações de leite materno

Muitos bebês internados em hospitais municipais têm suas vidas salvas graças às doações de leite humano. Com o objetivo de captar mais mulheres doadoras, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio de Janeiro promove a popularmente conhecida “rota do leite”, em que agentes comunitários de saúde percorrem as comunidades coletando o leite doado diretamente nas residências das lactantes, além de oferecerem suporte em todo o processo, desde a orientação da coleta até a entrega ao banco de leite. Nesta segunda-feira, 19 de maio, é celebrado o Dia Mundial de Doação de Leite Humano, e o município do Rio volta a convidar e incentivar a doação do leite materno. 

A rota engloba muitos fatores, desde a doação, coleta, transporte até a distribuição. No Centro Municipal de Saúde (CMS) Salles Netto, no Rio Comprido, há uma sala preparada para receber lactantes, e os profissionais são capacitados para oferecer orientações sobre o aleitamento. Quando identificam alguma usuária com produção excessiva de leite, incentivam a doação. Todo o material necessário para a coleta é fornecido pela própria unidade, permitindo que a mulher realize o processo no conforto de sua casa. Na mesma semana, agentes comunitários de saúde recolhem o leite diretamente na residência e levam para o centro de saúde. Logo depois, um veículo da SMS percorre as unidades da região para reunir o material, que é então encaminhado para uma sala de coleta na Clínica da Família São Sebastião, em São Cristóvão, e de lá é distribuído aos bancos de leite localizados na mesma área de atuação. 

Para Elaine Ferreira, de 31 anos, doadora há cinco meses, a rota do leite é fundamental, porque ela nem precisa sair de casa para realizar a doação, além de todas as orientações sobre aleitamento que recebe semanalmente e do acolhimento dos agentes comunitários de saúde. 

“Me sinto realizada em poder doar meu leite. Desde o nascimento do meu primeiro filho, eu sempre tive o desejo de me tornar doadora, porém, naquela época, eu não sabia como funcionava. Agora, com a chegada da minha segunda filha, a equipe de saúde me informou que era possível doar para a clínica. Fiquei super feliz, me empolguei e continuo doando. Para mim, é muito satisfatório saber que estou ajudando outros bebês. É muito gratificante essa sensação de poder ajudar outras pessoas, principalmente os bebezinhos internados em UTIs”, diz a usuária do CMS Salles Netto. 

Entenda como funciona a Rota do Leite

Durante todo o pré-natal, a doação é incentivada. E no momento do teste do pezinho, o acolhimento da nova doadora se concretiza. Toda lactante saudável que esteja com boa produção de leite e amamentando seu próprio filho está apta a doar. Para a apoiadora técnica em aleitamento da SMS, Zilda Santos, este é um trabalho que salva vidas. 

“Organizamos grupos e consultas coletivas com gestantes, com orientações sobre aleitamento materno e a importância da doação de leite. Após o parto, quando a puérpera comparece à unidade de saúde para a realização do teste do pezinho do recém-nascido, ela passa por uma avaliação com a técnica de enfermagem. Nesse momento, é realizada uma breve entrevista, uma verificação das mamas, a observação da pega e da posição do bebê ao mamar. Caso identifique acúmulo de leite ou necessidade de alívio, essa mulher já pode ser acolhida como potencial doadora. Além disso, a doação se torna muito mais viável devido ao apoio dos agentes comunitários, que se deslocam até as residências para buscar o leite, o que facilita o processo e contribui diretamente para o aumento das doações”, informa a técnica. 

Com a rota do leite realizada na região central, está sendo possível abastecer as UTIs neonatais de duas maternidades municipais: a Maternidade Herculano Pinheiro, em Madureira, e o Hospital Maternidade Fernando Magalhães, em São Cristóvão. O número de doações pode variar semanalmente, mas a média na região do CMS Salles Netto é de 30 frascos de leite humano coletados por semana, com 15 a 20 doadoras.

O leite passa por um processo de qualidade e segurança, e é pasteurizado antes de ser oferecido aos bebês prematuros (nascidos com menos de 37 semanas de vida intrauterina) e recém-nascidos com baixo peso (menos de 2.500 gramas ao nascimento, independentemente da idade gestacional). O leite humano é considerado o principal aliado para a redução da mortalidade na infância. Mulheres saudáveis que ainda amamentam, produzem quantidade excedente de leite e não utilizam nenhum medicamento que contraindique o aleitamento materno podem se tornar doadoras.

Confira a lista dos bancos de leites da rede municipal e de outras unidades de Atenção Primária que também são postos de recebimento de leite materno no link: https://saude.prefeitura.rio/doacao-de-leite-humano/.

 

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) é o órgão da Prefeitura do Rio de Janeiro responsável por reformular e executar a política municipal de saúde e, como gestora plena do Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade, garantir o atendimento universal da população, conforme os preceitos do SUS. É a SMS que, diante do conhecimento das características e demandas próprias da população carioca, organiza as prioridades da saúde pública da cidade, dentro do que é previsto nas políticas públicas e serviços ofertados pelo SUS.

 

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