A Prefeitura do Rio de Janeiro iniciou a operação de reestruturação e nova gestão dos hospitais do Andaraí (HFA) e Cardoso Fontes (HFCF), nesta segunda-feira (09/12). O prefeito Eduardo Paes, acompanhado do vice-prefeito eleito, Eduardo Cavaliere, e do secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, esteve no Andaraí para acompanhar a primeira etapa do cronograma de recuperação.
– Esse é um momento muito importante na saúde pública carioca, a municipalização dessas duas unidades. Estamos falando de quase 700 leitos novos sendo absorvidos pela rede municipal. Hoje, estamos assumindo o Andaraí e o Cardoso Fontes e esperamos que, daqui a um ano, aos poucos, vamos conseguir reabrir diversos leitos e setores fechados. Vamos reabrir a emergência, continuar com as altas complexidades e com a unidade de queimados, que é uma tradição do Andaraí. Enfim, botar essas duas unidades tão importantes para a cidade operando novamente – afirmou o prefeito do Rio.
Do total de 700 leitos absorvidos pela rede municipal, atualmente, somente 280 estão em operação: 169 no hospital do Andaraí e 111 no Cardoso Fontes. E esse é apenas um dos graves problemas encontrados pela Prefeitura do Rio nos equipamentos.
– É uma loucura um hospital com capacidade para quase 450 leitos estar com andares inteiros fechados, sem cozinha há 15 anos e recebendo quentinha. Vamos melhorar, mas não tem mágica -frisou o prefeito do Rio, que tem por objetivo apresentar alguns resultados das reformas daqui a um ano.
De imediato, a equipe da Prefeitura vai conhecer o corpo clínico das unidades, os fluxos e processos atuais, avaliar e planejar as ações futuras. As primeiras intervenções serão na limpeza, contratação e remanejamento de profissionais, ampliação de serviços e dar início às obras necessárias. O planejamento completo para o Andaraí inclui reformas das enfermarias dos setores, aumento do número de funcionários, modernização do centro de imagens, do parque tecnológico e dos elevadores e construção da nova cozinha.
– Com a municipalização desses dois grandes hospitais, queremos retomar uma rede que já serviu muito à cidade do Rio de Janeiro, para que possamos garantir o cuidado pleno da população. Esperamos que, a partir da próxima semana, já seja possível perceber imediatamente o apoio da Secretaria Municipal de Saúde nessas duas unidades que são consideradas essenciais para a população carioca. Pela primeira vez, temos um plano estruturado para esses dois hospitais, que não recebem investimentos há muito tempo. São muitas obras paradas e muitos setores destruídos – explicou o secretário Daniel Soranz.
O planejamento prevê a inauguração da nova emergência em janeiro de 2026, mas os outros andares fechados serão abertos já em outubro do ano que vem. A meta é que a unidade dobre a sua produção e chegue a 167 mil procedimentos por ano em 2026. E já no primeiro trimestre de 2025, reabrir o setor de Emergência e fazer uma média de 300 atendimentos por dia.Atualmente, o hospital conta com 2.560 profissionais e passará a ter 3.320.
Para a ampliação do Centro de Imagens, um novo tomógrafo será instalado, além de ganhar um equipamento de ressonância magnética e reforço para o serviço de CPRE. Também haverá aumento de procedimentos oncológicos. A previsão é triplicar os exames e procedimentos realizados. O objetivo é oferecer acesso com mais qualidade, mantendo a complexidade assistencial do Hospital do Andaraí.