A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS) publica, nesta terça-feira (29/10), o Protocolo de Enfrentamento ao Calor Extremo, que define e detalha medidas a serem adotadas nos diferentes serviços e operações da rede municipal de saúde, como assistência, vigilância em saúde e vigilância sanitária, de acordo com a classificação do nível de calor (NC). O documento está disponível no portal da SMS (link: https://saude.prefeitura.rio/protocolo-de-calor/).
Trata-se de um documento pioneiro de gestão na área da saúde. As medidas previstas vão desde normas de comunicação e preparação para os primeiros estágios do plano de contingência até possíveis intervenções na operação do município. Por exemplo, o estabelecimento de protocolos clínicos para manejo das condições sensíveis ao calor, a adaptação de atividades externas essenciais, a ampliação dos serviços de atendimento, a indicação de equipamentos públicos para resfriamento e até mesmo o adiamento ou cancelamento de eventos de grande porte, conforme avaliação do cenário meteorológico.
Desde junho, o Centro de Operações Rio já monitora os níveis de calor
Os níveis de calor foram apresentados à população em junho e fixados no Decreto Rio 54.740, que também instituiu o Comitê de Desenvolvimento de Protocolos para Enfrentamento de Calor Extremo (CDPECE), composto pelo Centro de Operações e Resiliência (COR), SMS e Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Clima (SMAC). A classificação tem cinco níveis de risco – de NC1 a NC5 -, que variam em função da temperatura e da umidade relativa do ar registradas na cidade. O NC também considera modelos numéricos de previsão de temperatura estimados para três dias e atualizados a cada quatro horas. Em caso de mudança na classificação, o COR, responsável pelo monitoramento do NC, emite alertas para a população pelos principais canais de comunicação do órgão e da SMS: site, redes sociais, aplicativo e demais canais de relacionamento com a imprensa.
Os parâmetros e conceitos usados na elaboração do protocolo foram definidos pelo COR em parceria com o Centro de Inteligência Epidemiológica da SMS (CIE-SMS), a partir de uma extensa pesquisa bibliográfica sobre evidências científicas, os efeitos das altas temperaturas na saúde humana e os protocolos de mitigação do estresse térmico vigentes em todo o mundo e as evidências na cidade do Rio de Janeiro. O CIE-SMS também levou em conta números de atendimentos, hospitalizações e mortalidade na rede municipal de saúde.