Oferecido nas clínicas da família, pré-natal é essencial para uma gestação saudável - Foto: Pedro Amorim/SMS-Rio
Mamãe de primeira viagem, Paola da Silva Oliveira está radiante porque vai passar o seu primeiro Dia das Mães com Gael na barriga, no próximo domingo (12). A gravidez da jovem, de 23 anos, foi planejada e muito desejada e, para que tudo corra bem até o dia do parto, ela não falta a uma consulta de pré-natal na Clínica da Família Recanto do Trovador, em Vila Isabel, onde reside.
“Estou muito feliz e realizada! Assim que o teste deu positivo, já tive logo a primeira consulta do pré-natal na unidade, onde eu e o meu marido fomos muito bem atendidos e acolhidos pela enfermeira Gabriela e toda a equipe. Foi um momento muito marcante, pois recebemos as primeiras informações sobre a gravidez e também tiramos várias dúvidas que foram surgindo durante esse primeiro encontro”, lembra Paola, que está com 20 semanas de gestação.
As consultas do pré-natal de baixo risco são inicialmente alternadas entre médicos e enfermeiros, na unidade básica de referência da gestante. Os agentes comunitários de saúde realizam visitas domiciliares a elas no decorrer da gravidez, para ver se está tudo ok e não deixá-las perder nenhuma consulta. O pré-natal deve ser iniciado assim que a gestação for confirmada e, segundo protocolo do Ministério da Saúde, há um número mínimo recomendado de seis consultas. Não existe alta do pré-natal, ou seja, ele só termina na consulta do puerpério, após o nascimento do bebê.
É na primeira consulta que são oferecidos os primeiros exames à grávida, como teste rápido para sífilis, HIV e hepatites B e C. Neste momento, a gestante também é orientada sobre a sua maternidade de referência para o parto e atendimentos emergenciais, assim como informações específicas sobre o desenvolvimento do feto no decorrer da gestação; nutrição e dieta; exercícios físicos; direitos e benefícios legais da paciente; e o preenchimento do Passaporte Cegonha Carioca.
Ao longo do acompanhamento, é possível determinar fatores de risco para pré-eclâmpsia e diabetes gestacional, por exemplo, por isso o risco gestacional deve ser reavaliado a cada encontro.
Enfermeira especialista em Saúde da Família da CF Recanto do Trovador, Gabriela Medeiros da Conceição lembra que o cuidado com a mãe e as pessoas que a cercam é uma ferramenta fundamental da Atenção Primária à Saúde.
“No momento da descoberta da gravidez, uma das minhas principais funções como enfermeira da equipe de saúde da família é o acolhimento da gestante, do parceiro e de toda a família. É preciso lembrar que nem sempre a mulher está preparada para receber a notícia de que tem um bebê a caminho, por isso, é de suma importância essa rede de apoio na unidade de referência”, explica Gabriela, que é responsável pela equipe Popular, que atualmente acompanha 23 grávidas.
A gestante Paola em consulta com a enfermeira Gabriela – Fotos: Pedro Amorim/SMS-Rio
