
Usuários dos serviços de saúde mental, familiares e profissionais de saúde se reuniram na tarde desta quinta-feira, 18 de maio, num grande ato na Carioca, no Centro do Rio, para marcar o Dia Nacional da Luta Antimanicomial. A data lembra um longo processo de conscientização e construção de um novo modelo de assistência psiquiátrica, que ao longo dos anos vem substituindo os hospícios, onde os doentes viviam presos, por um tratamento humanizado em que o paciente é reintegrado à sociedade e tem resgatada sua cidadania.
A Secretaria Municipal do Rio de Janeiro avançou muito no processo de desinstitucionalização de pacientes psiquiátricos nos últimos anos, com a implementação da rede de cuidados dos centros de atenção psicossocial e dos serviços residenciais terapêuticos (SRTs) como novo modelo assistencial, e com o encerramento das internações nos dois últimos grandes hospícios da cidade, os institutos Nise da Silveira e Juliano Moreira, em 2021 e 2022 – processo que segue os preceitos da Reforma Psiquiátrica Brasileira.
Nos últimos 28 anos, o Município do Rio de Janeiro libertou dos manicômios mais de 4 mil pessoas, que tiveram a cidadania resgatada, voltando a viver com suas famílias ou em uma das 97 residências terapêuticas mantidas pela Prefeitura. Seus tratamentos seguem nos 33 centros de atenção psicossocial (CAPS) da cidade, que substituem as grades por terapias humanizadas, baseadas em respeito e empatia.
“O Dia da Luta Antimanicomial é uma data que marca a luta pela a cidadania e possibilidade de vida fora do hospício para pessoas que foram privadas de liberdade por muitos anos. O lugar dessas pessoas é na sociedade e precisamos cuidar desses pacientes com liberdade, dignidade e em sua diversidade. Esta luta é de toda a sociedade, dos usuários, familiares e inclusive profissionais”, diz o superintendente de Saúde Mental da SMS, Hugo Fagundes.
