Hipertensão Arterial
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O que é Hipertensão Arterial (pressão alta)?
O coração, ao contrair, bombeia o sangue em direção aos outros órgãos do organismo através dos vasos sanguíneos ou artérias. A pressão exercida sobre as artérias é chamada de pressão arterial. É normal a pressão arterial oscilar nas 24 horas e aumentar nos casos de estresse, dor, medo, aborrecimentos etc., retornando aos valores normais. Caso isso não ocorra e se mesmo em repouso, a pressão permanecer alta, a pessoa é portadora de hipertensão arterial. Caso a pressão permaneça aumentada, ocorrerão danos nas artérias de diversas partes do corpo, aparecendo as complicações da doença.
Como se descobre a Hipertensão Arterial?
Todas as pessoas podem se tornar hipertensas, mas é mais comum nos adultos e nos idosos. Muitas vezes, a Hipertensão Arterial não apresenta sintomas, e muitos descobrem a doença somente quando aparece uma das complicações. Dessa forma, é recomendada a aferição da pressão arterial, e o diagnóstico de hipertensão deve ser confirmado pelo médico.
Qual é a causa da hipertensão?
Em 95% dos casos não há causa definida. A Hipertensão Arterial é chamada de essencial ou primária.
Quais os fatores de maior risco para a Hipertensão Arterial?
• história familiar da doença
• idade avançada
• diabetes
• obesidade
• sedentarismo
• estresse
• tabagismo
• raça negra
• gestação
Quais são os sintomas da hipertensão?
A Hipertensão Arterial pode ser silenciosa. Podem aparecer sintomas vagos, como dor de cabeça, tonturas, cansaço, enjoos, falta de ar e sangramentos nasais, mas, na maioria das vezes, isso não acontece. O controle da pressão pode ser difícil no início do tratamento, mas você conseguirá se seguir as orientações corretamente: manter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas, parar de fumar e usar corretamente as medicações.
Complicações da hipertensão:
1. Acidente Vascular Cerebral (AVC ou derrame cerebral)
O entupimento ou rompimento de vasos sanguíneos ocorre devido ao aumento da pressão arterial que ocasiona perda do funcionamento do cérebro. Tem início súbito e pode ocorrer por isquemia (falta de circulação sanguínea) ou hemorragia (sangramento). Dependendo da região atingida, pode haver sequelas irreversíveis devido ao comprometimento de áreas importantes à sobrevivência, tais com o tronco cerebral, responsável pela respiração.
2. Infarto do Miocárdio e outras cardiopatias
É ocasionado por um entupimento numa artéria que nutre o coração devido à aterosclerose (acúmulo de gorduras) em 90% dos casos. A região do coração afetada deixa de receber ou recebe pouco sangue com oxigênio e as células entram em sofrimento e até morrem, ocasionando uma necrose. Dependendo da área do coração que foi atingida, a pessoa pode ter complicações graves e corre o risco de morte. Outras doenças podem aparecer com a aterosclerose: angina do peito e alterações no ritmo do coração (arritmias). Na presença de hipertensão não controlada e sem tratamento pode ocorrer crescimento e/ou aumento das câmaras – átrios e ventrículos (dilatação) – e deficiência de contração do coração (insuficiência cardíaca).
3. Nefropatia
Na presença de lesão nos rins, estes órgãos reduzem progressivamente sua tarefa de filtrador de impurezas do sangue até sua paralisação total. Alguns produtos não tóxicos e necessários ao nosso organismo não devem ser descartados, como as proteínas, entre elas, a albumina. O tratamento adequado com controle da pressão e do diabetes é considerado fundamental para evitar a nefropatia, podendo, em alguns casos, até regredir o processo. O aumento da pressão arterial agrava a situação, podendo levar à insuficiência renal. Além do tratamento clínico, há outras opções, como a diálise, a hemodiálise e, como último recurso, o transplante.
4. Retinopatia
É uma causa frequente de cegueira adquirida, dificultando a permanência da pessoa no mercado de trabalho. A hipertensão arterial e a aterosclerose causam alterações nos vasos da retina. Desta forma, ocorre enfraquecimento destes vasos levando a hemorragias. Aparecem lesões devido à circulação deficiente de sangue e, com o tempo, placas de gorduras se acumulam na retina. Pode haver também o deslocamento da mesma. O controle da glicose no sangue em diabéticos e da pressão arterial pode retardar a progressão da doença. O sucesso do tratamento depende da descoberta precoce das lesões.
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O controle da hipertensão, o seu tratamento e o tratamento dos fatores de risco é fundamental na prevenção de complicações, buscando reduzir as internações e mortes.