Equistossomose
O que é?
A esquistossomose mansônica é uma doença inicialmente assintomática, causada pelo trematódeo Schistosoma mansoni, que pode evoluir para formas clínicas extremamente graves, e até levar o paciente ao óbito. No Brasil, a esquistossomose é conhecida popularmente como “xistose”, “barriga d’água” ou “doença dos caramujos”.
No ciclo da doença, estão envolvidos dois hospedeiros: um definitivo e o intermediário.
Hospedeiro definitivo: o homem é o principal hospedeiro definitivo, e nele o parasita apresenta a forma adulta, reproduz-se sexuadamente e por meio da eliminação dos ovos do Schistosoma mansoni no ambiente, pelas fezes, ocasionando a contaminação das coleções hídricas.
Hospedeiro intermediário: os caramujos gastrópodes aquáticos, pertencentes à família Planorbidae e gênero Biomphalaria, são os organismos que possibilitam a reprodução assexuada do helminto. Os caramujos habitam água doce, com pouca correnteza ou parada.
No Brasil, as espécies Biomphalaria glabrata, Biomphalaria straminea e Biomphalaria tenagophila estão envolvidas na disseminação da esquistossomose. Há registros da distribuição geográfica das principais espécies em 24 estados, localizados, principalmente, nas regiões Nordeste, Sudeste e Centro-oeste.
Definição de caso suspeito
Indivíduo residente e/ou procedente de área endêmica com quadro clínico sugestivo de forma aguda, crônica ou assintomática, com história de contato com as coleções de águas onde existam caramujos eliminando cercárias. Todo caso suspeito deve ser submetido a exame parasitológico de fezes.
A maioria dos portadores são assintomáticos. No entanto, na fase aguda, o paciente infectado por esquistossomose pode apresentar diversos sintomas, como febre, dor de cabeça, calafrios, suores, fraqueza, falta de apetite, dor muscular, tosse e diarreia.
Na forma crônica da doença, a diarreia se torna mais constante, alternando-se com prisão de ventre, e pode aparecer sangue nas fezes. Além disso, o paciente pode apresentar outros sinais, como tonturas, sensação de plenitude gástrica, prurido (coceira) anal, palpitações, impotência, emagrecimento, endurecimento e aumento do fígado.
Nos casos mais graves, o estado geral do paciente piora bastante, com emagrecimento, fraqueza acentuada e aumento do volume do abdômen, conhecido popularmente como barriga d’água. Se não tratada adequadamente, a esquistossomose pode evoluir e provocar algumas complicações, como, por exemplo, hemorragia digestiva, hipertensão pulmonar e portal, ou morte.
As principais formas de prevenção são evitar o contato com águas com caramujos, o controle destes portadores, saneamento ambiental e orientação da população.