Doença de Chagas

O que é?

A doença de Chagas (DC) é uma das consequências da infecção humana produzida pelo protozoário flagelado Trypanosoma cruzi. Na ocorrência da doença, observam-se duas fases clínicas: uma aguda, que pode ou não ser identificada, podendo evoluir para uma fase crônica. No Brasil, atualmente predominam os casos crônicos decorrentes de infecção por via vetorial, com aproximadamente três milhões de indivíduos infectados. No entanto, nos últimos anos, a ocorrência de doença de Chagas aguda (DCA) tem sido observada em diferentes estados, em especial na região da Amazônia Legal.

A transmissão do Trypanosoma cruzi para o homem ocorre por meio de vetores – os triatomíneos, conhecidos popularmente como “barbeiros”. Porém, esses triatomíneos apenas transmitem o parasita se estiverem infectados, e isso acontece quando eles se alimentam em um dos numerosos hospedeiros. Ou seja, se os mamíferos de uma determinada área apresentarem altas taxas de infecção por Trypanosoma cruzi, há probabilidade do vetor se infectar e, portanto, infectar o próximo mamífero (incluindo o homem), no qual se alimentam.

As formas de transmissão da doença de Chagas para o homem são: a vetorial, a transfusional, a transplacentária (congênita) e, mais recentemente, a transmissão pela via oral, pela ingestão de alimentos contaminados pelo parasita. Mecanismos de transmissão menos comuns envolvem acidentes de laboratório, manejo de animais infectados, transplante de órgãos sólidos e leite materno.

Na fase aguda (inicial), predomina o parasita circulante na corrente sanguínea, com parasitas abundantes, manifestações de doença febril (de 37,5º a 38,5ºC), que podem persistir por até 12 semanas. A sintomatologia específica é caracterizada pela ocorrência, com incidência variável, de uma ou mais das seguintes manifestações:

  • miocardite difusa com vários graus de severidade;
  • pericardite, derrame pericárdico, tamponamento cardíaco;
  • cardiomegalia, insuficiência cardíaca, derrame pleural.

São comumente observados:

  • edema de face, membros inferiores ou generalizado;
  • tosse, dispneia, dor torácica, palpitações, arritmias;
  • aumento do fígado e/ou do baço, de leve a moderada;

Definição de caso suspeito

Pessoa com febre prolongada (mais de sete dias) e uma ou mais das seguintes manifestações clínicas: edema de face ou de membros; exantema; adenomegalia; aumento do fígado; aumento do baço; cardiopatia aguda (taquicardia, sinais de insuficiência cardíaca); manifestações hemorrágicas; icterícia; sinal de Romaña ou chagoma de inoculação.

As seguintes situações reforçam a suspeita:

  • residente/visitante de área com ocorrência de triatomíneos, ou
  • recentemente transfundido/transplantado, ou
  • ingerido alimento suspeito de contaminação pelo Trypanosoma cruzi, ou
  • recém-nascido de mãe infectada (transmissão congênita).

O tratamento da doença de Chagas deve ser indicado por um médico, após a confirmação da doença. O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da doença de Chagas estabelece, com base em evidências, as diretrizes para diagnóstico, tratamento e acompanhamento de pessoas afetadas pela infecção por Trypanosoma cruzi em suas diferentes fases (aguda e crônica) e formas clínicas, além de situações especiais como gestantes e condições de imunossupressão, servindo de subsídio a gestores, profissionais e usuários do SUS, visando garantir a assistência terapêutica integral.

IMPORTANTE:

Devido à difícil identificação dos casos na fase inicial, as fontes que mais frequentemente contribuem para o conhecimento dos casos são:

  • Bancos de sangue, na triagem de doadores, quase que exclusivamente crônicos;
  • Inquéritos soro-epidemiológicos que, dependendo da população estudada, em especial do grupo etário, podem levar à identificação de casos agudos e/ou crônicos.
  • Considerando a situação epidemiológica e os níveis de controle alcançados no país, distinguem-se duas situações específicas quanto às suas peculiaridades na definição dos fatores de risco:
  • Áreas com transmissão domiciliar ainda mantida ou com evidências de que possa estar ocorrendo, mesmo que focalmente;
  • Áreas com transmissão domiciliar interrompida, distinguindo-se para essa situação a presença residual do vetor ou sem detecção do vetor.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) é o órgão da Prefeitura do Rio de Janeiro responsável por reformular e executar a política municipal de saúde e, como gestora plena do Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade, garantir o atendimento universal da população, conforme os preceitos do SUS. É a SMS que, diante do conhecimento das características e demandas próprias da população carioca, organiza as prioridades da saúde pública da cidade, dentro do que é previsto nas políticas públicas e serviços ofertados pelo SUS.

 

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