Difteria

O que é?

A difteria (ou crupe) é uma doença infectocontagiosa causada pela toxina do bacilo Corynebacterium diphtheriae, que provoca inflamação e lesão em partes das vias respiratórias. É uma doença prevenida através de vacina, porém já foi considerada uma das doenças mais temidas e prevalentes, com epidemias com alta letalidade em todo o mundo.

É uma doença transmissível aguda, causada por uma bactéria que se aloja nas amígdalas, faringe, laringe, nariz e, ocasionalmente, em outras mucosas e na pele. É caracterizada por placas pseudomembranosas (branco-acinzentadas) típicas na região das amígdalas, sendo a via área respiratória superior e a pele os locais de preferência pela bactéria.

Pode causar o comprometimento do estado geral do paciente, com prostração e palidez, discreta dor de garganta na maior parte dos casos, e febre moderada (37,5 a 38,5ºC). Casos graves podem desenvolver inchaço do pescoço e aumento dos gânglios linfáticos. Pode ocorrer asfixia mecânica dependendo da localização e do tamanho da placa pseudomembranosa. A principal manifestação clínica é a presença de placas pseudomembranosas, aderentes, visíveis nas amígdalas. Essas placas podem se localizar na faringe, laringe e fossas nasais.

A doença pode ser disseminada pelo próprio doente ou pelo portador (possui o bacilo, mas não apresenta sintomas) através de contato com gotículas de secreção respiratória eliminada por tosse, espirro ou ao falar. O paciente pode transmitir a doença em média até 15 dias do início dos sintomas, e, ao iniciar o tratamento adequado, para de transmitir em um período de um a dois dias. O portador pode eliminar o bacilo por um período de seis meses ou mais. O período de incubação é de um a seis dias, em média, podendo durar mais tempo. A imunidade pode ser ativa, através da vacinação, ou nos primeiros meses de vida devido aos anticorpos maternos.

Definição de caso suspeito

Toda pessoa que, independentemente da idade e do estado vacinal, apresenta quadro agudo de infecção da orofaringe, com presença de placas aderentes ocupando as amígdalas, com ou sem invasão de outras áreas da faringe (palato e úvula) ou outras localizações (ocular, nasal, vaginal, pele etc.), com comprometimento do estado geral e febre moderada.

Imunização

A vacinação é a medida preventiva mais importante para esta doença. Altas coberturas vacinais ao longo do tempo, além de diminuir o número de casos reduz o número de portadores. A vacinação é feita gratuitamente, de forma sistemática, pelos serviços de saúde, ou em forma de campanhas de vacinação ou, ainda, de bloqueio, realizada diante da ocorrência de um caso suspeito da doença.