É hora de preparar a ceia de natal! Mas é preciso ter atenção na hora da escolha dos alimentos que vão à mesa.
O Instituto Municipal de Vigilância Sanitária, Vigilância de Zoonoses e de Inspeção Agropecuária (IVISA-Rio) alerta os cariocas sobre os cuidados na hora da compra dos alimentos tradicionais desta época. Por conta da alta demanda neste período do ano, alguns alimentos às vezes não são armazenados adequadamente e os riscos de agravos à saúde aumentam. Para garantir a segurança sanitária dos produtos que serão comercializados para as festas de fim de ano, o IVISA-Rio realiza no mês de dezembro ações especiais de Natal/Ano Novo em pontos de produção e/ou distribuição de maior risco, como supermercados, mercados, mercearias, padarias, restaurantes. Nas ações são avaliadas as condições de produção, armazenamento, transporte e exposição dos produtos típicos, para garantir que os estabelecimentos estejam comercializando esses produtos adequadamente, de forma que não traga agravos para a saúde da população.
O bacalhau, por exemplo, é um prato típico das ceias natalinas e que precisa de muita atenção na hora da escolha. O consumidor deve se atentar na aparência do produto, conferindo se tem manchas avermelhadas e pontos pretos, que podem indicar a presença de bactérias e/ou fungos. Além disso, o sal desse pescado deve ser grosso, pois o fino é proibido. O consumidor também deve ficar de olho nos peixes que são vendidos como se fossem bacalhau, mas que na verdade não são da espécie.
“São considerados legítimos somente os tipos Gadus morhua, conhecido como “Porto ” ou “Porto Morhua”, e Gadus macrocephalus, conhecido como “Portinho” ou “Codinho”. Os pescados Saithe, Ling e Zarbo, muito consumidos entre os brasileiros e com custo mais baixo, não são da espécie do bacalhau e devem ser comercializados como pescados salgados ou salgados secos. É muito importante que isso fique claro para os consumidores”, explica a presidente do IVISA-Rio, Aline Borges.
Para carnes vermelhas, aves, lombos e pernis é necessário estar atento aos sinais de descongelamento, integridade da embalagem e à validade. A cor, a textura e o odor destas carnes devem ser observadas e o produto precisa ficar entre 12 e 18 graus negativos. Qualquer alteração nessas características significa que o produto não está próprio para consumo. Para checar se o acondicionamento está adequado, o consumidor pode verificar se há presença de gelo ou se a carne está amolecida.
Também é preciso prestar atenção às frutas: para evitar a contaminação por bactérias, é preciso higienizá-las antes de serem consumidas, mesmo as que serão descascadas e espremidas. Frutas secas e cristalizadas devem estar bem embaladas e observar se há insetos ou fungos. Os azeites também precisam ser checados: o consumidor deve verificar o percentual de óleo na embalagem e se ela está danificada ou amassada, pois pode alterar a qualidade do produto.