Queimaduras de sol em crianças aumentam até 30% no verão

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Publicado em 14/02/2024 - 11:00  |  Atualizado em 14/02/2024 - 16:13
Chefe do Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Pedro II alerta aos responsáveis

Num verão de temperaturas acima da média, os cariocas precisam ficar atentos ao surgimento de queimaduras nas crianças, cuja pele apresenta maior sensibilidade à luz solar. Referência no tratamento de queimaduras, o Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, registra um aumento de 20% a 30% nos casos relacionados ao calor entre os pequenos ao longo da estação, de acordo com a cirurgiã plástica Carolina Junqueira, diretora do setor.

“Em condições normais, costumamos receber seis crianças com queimaduras decorrentes da exposição à luz solar por semana, em média. Esse número tende a aumentar no verão e, embora esses casos normalmente não tenham indicação de internação, é importante os responsáveis ficarem atentos, pois o sol pode causar queimaduras de primeiro grau e até de segundo”, diz a médica.

Algumas recomendações simples podem prevenir ferimentos. Evitar exposição direta ao sol das 10h às 16h, aplicar protetor solar infantil de duas em duas horas em caso de permanência em local iluminado — seja na praia, seja na piscina — e hidratar a criança com muita água, suco e/ou água de coco são medidas indispensáveis não só para a prevenção de queimaduras, mas também de várias outras enfermidades associadas ao estresse térmico e aos efeitos da luz solar.

Recomenda-se ainda manter a pele da criança sempre hidratada, com loções específicas para a derme infantil, e tomar cuidado com o chão quente, já que a areia e o piso da piscina também podem queimar; e com os brinquedos de metal expostos ao sol nas pracinhas, como os escorregas. As dicas também valem para os adultos, que devem ainda evitar o uso de bronzeadores, especialmente os caseiros, responsáveis por muitos casos de queimação na pele durante o verão.

Em caso de queimaduras, a orientação de Carolina Junqueira é manter o ferimento limpo com água corrente e sabão neutro para evitar infecções e buscar atendimento médico o mais rápido possível. O médico avaliará a extensão e o nível de gravidade da queimadura e aplicará o curativo mais adequado para o momento. Em alguns casos, o profissional de saúde poderá prescrever tratamentos de uso tópico no local da ferida.

“É importante lembrar que não se deve passar nenhum remédio ou fórmula caseira na queimadura. O responsável deve levar a criança ao hospital imediatamente, de preferência a alguma unidade com serviços de tratamentos de queimados para casos mais graves”, pontua Carolina. “Nos primeiros socorros, a prioridade é manter a queimadura sempre limpa, pois o principal risco na fase inicial do tratamento é a infecção.”

 

Férias: hora de redobrar a atenção

Ainda segundo Carolina Junqueira, casos de queimaduras em crianças que resultam em internação — em geral, de segundo e terceiro graus — também tendem a se tornar mais frequentes no verão, já que é época de férias escolares e os pequenos ficam mais expostos ao risco de acidente doméstico. A maior parte dessas ocorrências resulta de escaldadura (queimadura por líquidos quentes, como água fervente), embora outros tipos de ocorrências possam evoluir para internação: choque elétrico com tomada ou fio, contato com superfícies superaquecidas (como brinquedos de praças, panelas e ferro de passar) e exposição direta ao fogo (como em churrasqueiras, fogueiras etc.).

O CTQ do Hospital Municipal Pedro II conta com 15 leitos para adultos e cinco para crianças, sendo destinado tanto a pacientes em estado crítico quanto aos pacientes clinicamente estáveis que necessitarem de cuidados e curativos especializados. Segundo a diretora do CTQ, observa-se um aumento de cerca de 30% no fluxo de internações em crianças no período do verão: a média de crianças hospitalizadas por semana costuma saltar de três para cinco.

“O principal cuidado é a prevenção. A criança deve estar sempre sendo supervisionada, independentemente da época do ano”, destaca Carolina. “Importante nunca deixar objetos quentes ao alcance das crianças, que também devem ser mantidas fora da cozinha. É necessário orientar a criança sobre os perigos do fogo e como agir e pedir socorro em caso de emergência, além de manter um kit de primeiros socorros sempre por perto.”

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) é o órgão da Prefeitura do Rio de Janeiro responsável por reformular e executar a política municipal de saúde e, como gestora plena do Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade, garantir o atendimento universal da população, conforme os preceitos do SUS. É a SMS que, diante do conhecimento das características e demandas próprias da população carioca, organiza as prioridades da saúde pública da cidade, dentro do que é previsto nas políticas públicas e serviços ofertados pelo SUS.

 

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