Equipes do Consultório na Rua realizam campanha contra a tuberculose. Créditos: Andressa Ruivo/SMS
A identificação de casos de tuberculose está associada à cobertura de saúde da população, sendo fundamental ampliar a assistência e chegar às áreas mais vulneráveis da cidade. No município do Rio, há o Programa Consultório na Rua, que oferece atenção integral à saúde para pessoas em situação de rua, realizando investigação, diagnóstico e tratamento de diversas doenças, entre elas, a tuberculose. Neste dia 17 de novembro, que marca o Dia Nacional de Combate à Tuberculose, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS) reforça a importância de prevenir a doença.
O programa atua desde 2011 nos territórios da cidade e teve uma ampliação significativa nos últimos dois anos, quando o número de equipes saltou de sete para 13. O aumento proporcionou maior alcance populacional e, principalmente, promoveu o início dos trabalhos em lugares que antes não contavam com a iniciativa. Cada equipe é composta por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem, agente social, psicólogo e assistente social. No primeiro semestre de 2023, as equipes fizeram aproximadamente 20 mil atendimentos, realizando mais de 36 mil procedimentos.
– Quando ampliamos a assistência e chegamos àquelas áreas mais vulneráveis, damos acesso às pessoas que já tinham as doenças, mas antes eram invisíveis às estatísticas. A população em situação de rua é o grupo mais suscetível para o adoecimento por tuberculose, por isso, o trabalho das equipes do Consultório na Rua é indispensável para o enfrentamento da doença. O fortalecimento da Atenção Primária à Saúde, com aumento do número de equipes e treinamento dos profissionais é a ação mais efetiva que a SMS implementa para o controle da doença -, informa o subsecretário de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde, Renato Cony.
Tuberculose é uma doença infecciosa que, além dos pulmões, afeta também ossos, rins e as meninges (membranas que envolvem o cérebro). Os principais sintomas são tosse, febre, falta de ar, dor no peito, perda de peso e fraqueza. É considerada uma doença de grande impacto a nível de saúde pública, com evolução lenta, mas com possibilidade de gravidade e sequelas. Mas é uma doença que tem cura, todo o tratamento está disponível nas 238 unidades de Atenção Primária (clínicas da família e centros municipais de saúde).
– A população em situação de rua tem dificuldade de ir às unidades de saúde, então, as equipes de profissionais do programa fazem busca ativa a essa população, oferecendo investigação, diagnóstico e tratamento para tuberculose no local em que elas vivem. O principal objetivo das equipes, além do atendimento integral em saúde, é garantir que essas pessoas acessem o SUS -, alega a gerente da área técnica de Consultório na Rua, Fabiana Baraldo. As equipes de profissionais vão até o local onde essas pessoas estão inseridas, realizam testes e, uma vez que o diagnóstico é positivo, dão início ao tratamento no próprio território. Assim, além de oferecer o tratamento e a cura pelas unidades de saúde, há equipes que fazem ativamente a busca da população que não consegue acessar por si só as unidades de saúde.
Em caso de tosse por mais de duas semanas, febre e emagrecimento sem explicação a pessoa deve procurar assistência em uma unidade de saúde, e passar por uma consulta com médico ou enfermeiro para avaliação. Se alguém da família ou trabalho é diagnosticado com a doença, também é necessário ir aos postos de saúde. O tratamento completo é a única forma de curar a tuberculose.
