Mamães do SUS: Método Canguru ajuda no desenvolvimento de bebês prematuros

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Publicado em 15/05/2023 - 18:35  |  Atualizado em 16/05/2023 - 10:15
Redução da mortalidade e maior vínculo com dos pais com os bebês são alguns dos benefícios - Foto: Mariana Braga/SMS-Rio

Quinze anos depois de dar à luz a filha prematura, com apenas seis meses de gestação, Catiana ainda lembra de cada momento em que esteve na Maternidade Municipal Leila Diniz, e traz, até hoje, amizades daquela época. Além de primogênita de Catiana, a pequena Carolina foi também o primeiro bebê prematuro extremo da maternidade e, até mesmo por causa dessa condição, o primeiro a adotar o Método Canguru como processo terapêutico para seu desenvolvimento.

O Método Canguru tem esse nome inspirado em colocar o recém-nascido apenas de fralda no peito da mãe ou do pai, estimulando o vínculo familiar, assim como faz o canguru, animal cujo filhote nasce prematuro e conclui seu desenvolvimento fora da barriga da mãe. Entre os benefícios dessa técnica humanizada para o bebê estão o estímulo ao desenvolvimento neurológico, melhora do sistema imunológico, estabilização respiratória e hemodinâmica, além do estímulo à amamentação.

E assim foi com Catiana Soares e Carolina, nascida com somente 26 semanas (seis meses) de gestação e pesando 955g, em 2008. Após o parto, mãe e filha passaram 83 dias na Unidade Canguru e, quando a menina recebeu alta, os profissionais da maternidade vibraram. Catiana é, até hoje, muito grata por todo o cuidado e acolhimento da equipe, principalmente o apoio emocional.

“Meu sonho era pegar a Carolina no colo. Como ela ficou muito tempo intubada, o Método Canguru foi importante para auxiliar na respiração dela. Na primeira vez, fiquei muito nervosa e emocionada, a ponto de parar de respirar. Mas, com isso, ela também parou. A enfermeira, então, teve que tirar ela do meu colo e pedir para que eu ficasse calma, porque ela ia respirar no meu ritmo. Recomeçamos tudo e realmente funcionou: ela acompanhou minha respiração e ficou tranquila”, lembra Catiana, frisando o quanto o papel dos profissionais foi importante para as duas.

A relação tão próxima criada entre a família da recém-nascida e os profissionais da Maternidade Municipal Leila Diniz perdura até hoje. No momento da alta hospitalar, Catiana recorda do desejo de levar não só a filha para casa, como também as enfermeiras e médicos, tamanha era a ajuda e conforto que eles proporcionavam.

“Quando a Carol recebeu alta, todas a presentearam. Eu não quis desapontar ninguém, então coloquei a meia de uma, o sapatinho de outra, o lacinho de outra, fiz uma mistura para prestigiar cada um deles”, conta Catiana, sorrindo.

Maria Ângela Xavier foi uma dessas enfermeiras da Maternidade Municipal Leila Diniz que acompanharam o caso de Carolina: “Eu me lembro da primeira vez que coloquei a bebê no colo da mãe. Ela não se aguentou de tanta emoção! Participei de todas as etapas da vida da Carolzinha até hoje. É um sentimento indescritível vê-la tão saudável! É uma sensação de dever cumprido, mesmo 15 anos depois. É gratificante poder contribuir para o desenvolvimento dos pequenos que passam por aqui, e poder dar apoio emocional aos pais, num momento tão sensível”, diz Maria Ângela.

Neste 15 de maio, Dia Mundial de Sensibilização do Método Canguru, a diretora de Neonatologia da Maternidade Leila Diniz, Patrícia Campanha, reforça a importância da técnica em casos de prematuridade.

“O método, que é simples de ser praticado, tem vários benefícios comprovados por estudos científicos, como a redução na mortalidade, o melhor desenvolvimento neurológico, a prevenção de infecções, a redução do tempo de internação hospitalar, a melhora da taxa de aleitamento materno e o maior vínculo e segurança entre pais e bebê. Quanto mais horas por dia a mãe e o pai puderem ficar na posição canguru com seu filho, melhor será!”, destaca a médica.

Foto: Mariana Braga/SMS-Rio
Método Canguru na rede municipal do Rio

A Maternidade Municipal Leila Diniz foi pioneira na implementação do Método Canguru nas UTIs neonatais do município do Rio de Janeiro, em 1998, e possui a certificação Cuidado Amigo da Mulher do Ministério da Saúde, conferida pelas práticas de atenção humanizada à saúde. Por ano, a Unidade Canguru da maternidade atende em média 200 bebês. Todo 15 de maio, o hospital promove a “festa do canguru”, reunindo mães e crianças que passaram pelo método na unidade.

Além da Leila Diniz, na Barra da Tijuca, o Método Canguru é promovido em outras oito maternidades da rede municipal de saúde do Rio: Maria Amélia Buarque de Hollanda, no Centro; Fernando Magalhães, em São Cristóvão; Carmela Dutra, no Lins de Vasconcelos; Alexander Fleming, em Marechal Hermes; Herculano Pinheiro, em Madureira; Mariska Ribeiro, em Bangu; e dos hospitais Rocha Faria, em Campo Grande; e Pedro II, em Santa Cruz.

Foto: Arquivo da família

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) é o órgão da Prefeitura do Rio de Janeiro responsável por reformular e executar a política municipal de saúde e, como gestora plena do Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade, garantir o atendimento universal da população, conforme os preceitos do SUS. É a SMS que, diante do conhecimento das características e demandas próprias da população carioca, organiza as prioridades da saúde pública da cidade, dentro do que é previsto nas políticas públicas e serviços ofertados pelo SUS.

 

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